Ando um tanto quando sem rumo, já não sei se meu bem se faz meu mal ou meu mal se faz meu bem...
Ando um tanto quando frágil, sonho com impossíveis e realizo insolúveis eus...
Ando um tanto quanto ferida, não sei se por ego orgulhoso ou por vida mal vivida...
Ando um tanto quanto feia, feio ponto de vista ordinário, feias emoções entrelinhas prescritas...
Ando um tanto quando encabulada, mais com a minha honra do que com meu espelho...
Ando um tanto quando desleixada, talvez com a minha mente, talvez com o meu sorriso, talvez com meu diário...
Ando um tanto quando solitária, tanto de vida, tanto de desprezo, quanto de álcool, quanto de amores rompidos...
Ando um tanto quando bem acompanhada, diariamente infortúnios, cotidianamente de decepções, aleatoriamente de felicidade e inseparavelmente de passos mal traçados...
Ando um tanto quando má amada, e desesperadamente má amada pelo meu ego, pelo meu espelho, pelo meu ver...
Eu ando um tanto quanto uma velha de agulhas em mãos ao traçar vagaroso do céu tricô e na fragilidade de seu movimente ao pensar na imbecilidade humana, uma velha de sabedoria admirável que um dia passou pelos meus fardos que eu...
Andriele nunes severo
(18/12/2009)